Cuidado: os vampiros existem (e estão mais perto do que você imagina)
- Luciana Sianto

- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Por Luciana Sianto

Calma, não estou falando daqueles vampiros de capa preta e dentes pontudos que conhecemos dos filmes e livros.
Os vampiros de que falo aqui são bem mais discretos, e perigosos de um jeito diferente. Eles não sugam nosso sangue, mas sim a nossa energia, nossa leveza e disposição.
Provavelmente você já passou por isso: encontrou alguém, conversou um pouco, e saiu da situação se sentindo inexplicavelmente cansado, drenado, como se tivesse corrido uma maratona emocional. Se não havia um motivo real para esse cansaço, talvez você tenha cruzado com um vampiro energético.
Esses vampiros modernos costumam se dividir em dois grandes grupos:
1) Os vampiros egocêntricos e manipuladores
São pessoas que querem a atenção toda para si. Invejosas, competitivas, costumam agir com um falso positivismo que mais oprime do que inspira. Estão sempre tentando parecer superiores, como se a vida fosse uma eterna disputa para ver quem brilha mais.
Esse tipo de postura pode estar associado ao que na psicanálise chamamos de narcisismo patológico, onde o sujeito busca, a qualquer custo, confirmar seu valor a partir da admiração e da validação do outro.
Muitas vezes, por trás dessa necessidade de destaque, há um vazio profundo e não elaborado.

2) Os vampiros melancólicos e reclamões
Esse grupo é formado por pessoas que estão constantemente se queixando de tudo e todos. Vivem com uma nuvem cinza sobre a cabeça, têm dificuldade de enxergar o lado bom da vida e, muitas vezes, nem percebem o quanto estão sugando o outro.
Esses comportamentos podem estar ligados a quadros depressivos, baixa autoestima e até a padrões inconscientes de repetição de dor. A escuta clínica revela, muitas vezes, histórias marcadas por frustrações, perdas e ausência de reconhecimento, fatores que contribuem para uma visão negativa do mundo e de si.
Diferente do primeiro grupo, aqui não há má intenção. Mas o efeito é o mesmo: saímos do encontro com uma sensação de exaustão emocional.
Ambos os tipos têm algo em comum: se aproximam, consciente ou inconscientemente, de pessoas mais alegres, empáticas, dispostas a ouvir e ajudar. E adivinha quem costuma ser o alvo preferido? Justamente quem tem uma energia boa e generosa.
Esses encontros são especialmente comuns no ambiente de trabalho, onde há mais competitividade, cobrança e jogo de poder.
Mas a verdade é que os vampiros podem aparecer em qualquer lugar: num almoço em família, numa conversa com um amigo antigo, até num bate-papo com um desconhecido.
E o que fazer?

Se puder, evite. Se não puder, proteja-se. Manter uma postura mais reservada, praticar o pensamento positivo e estabelecer limites emocionais pode ajudar, e muito.
Respirar fundo, não entrar na dança e lembrar que a sua energia é valiosa são atitudes que fazem diferença.
O nome disso é autoproteção psíquica: saber reconhecer relações que drenam nossa vitalidade e criar limites saudáveis. Isso não é egoísmo, é cuidado com a própria saúde mental.
E, claro… se der, sugira gentilmente: “Você já pensou em fazer terapia?”. Às vezes, um bom acompanhamento pode ajudar esse vampiro a deixar os dentes de lado e redescobrir a própria luz.
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imagens geradas com Gemini




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